Assisti ao episódio interativo de Black Mirror – Bandersnatch

Nessa sexta-feira, dia 28 de dezembro, em véspera de virada de ano, a Netflix fechou 2018 com chave de ouro. Lançou um episódio interativo de sua série controversa – Black Mirror. Nesse episódio, Bandersnatch, você assiste a trama e, de tempos em tempos lhe é dada a opção de escolher o que o personagem principal irá fazer.

Mas saiba que nem todo mundo poderá ver essa maravilha da tecnologia acontecer.

Logo de cara, quando sentei-me na sala, com minha irmã e seu namorado, liguei na Netflix e apertei o episódio para assistir, uma mensagem muito triste apareceu. Apesar de minha TV ser smart e ter apenas 1 ano de existência, ela não seria capaz de reproduzir o episódio. Algumas smart TVs mais antigas com aplicativos da Netflix não serão atualizadas para o filme devido aos requisitos de pré-visualização. Você também não poderá assistir ao Bandersnatch usando o Google Chrome ou o Apple TV, por motivos técnicos. Para solucionar isso, a mensagem sugere que você utilize um computador ou um videogame para poder participar da interatividade. Resolvida essa questão, pude vivenciar o episódio por completo e venho aqui lhes contar minha experiência.

Dirigido por David Slade, os espectadores poderão fazer algumas escolhas chave para o protagonista, determinando o destino do personagem. No entanto, essas escolhas meio que já estão pré-definidas pelo programa. Temos apenas a sensação de poder escolher. Isso porque, quando selecionamos uma opção que gere um resultado ruim, o episódio entra num looping, volta desde o começo, nos levando novamente ao momento daquela escolha. Ou seja, “escolheu errado, selecione a outra opção, por favor”… rs.

Claro que até isso é proposital, pois o episódio todo gira em torno do questionamento de que estamos sendo controlados e que nossas escolhas não são realmente nossas, afinal. Na trama, enquanto adapta um romance de fantasia para videogame, no ano de 1984, um jovem programador começa a questionar o próprio conceito de realidade e acaba enfrentando um desafio alucinante. O episódio Bandersnatch foi feito para ser “jogado” ao estilo Heavy Rain e Detroit Become Human. Foram gravadas 5h20 de aventura, com cincos finais, em sessões de 90 minutos. Isso não quer dizer necessariamente que você terá somente cinco opções de história, já que são diversos momentos de decisão.. e são mesmo. Segundo a própria Netflix, somadas as várias bifurcações, é possível gerar mais de um trilhão (!!!) de variações. Eu fiquei tão curiosa que toda vez que me dava a opção de encerrar o episódio, eu começava novamente. Fiquei 2 horas e meia assistindo à mesma coisa e fiz vários finais, mas nenhum deles feliz para o protagonista, rs. Será que tem algum em que ele é bem sucedido? rs

No final das contas, foi uma história um pouco insossa que só se tornou atraente devido a interatividade. Valeu pela brincadeira, mas como episódio de Black Mirror, já vi muitos outros melhores.

Se você já assistiu ao Bandersnatch, conte aqui nos comentários sua opinião.

 

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