Crítica do filme Alita: Anjo de Combate

Alita: Anjo de Combate é a adaptação do mangá dos anos noventa de Yukito Kishiro que traz em sua produção nomes de peso e ganhadores do Oscar. Com a direção de Robert Rodriguez e a produção de James Cameron e Jon Landau, a experiência visual é um vislumbre à parte da experiência da dupla de Titanic e Avatar na computação gráfica incrivelmente melhorada – se é que isso é possível – desde os 10 anos de Avatar, talvez uma amostra das 4 continuações de Avatar…

Alita (Rosa Salazar) é um ciborgue que é encontrada desmemoriada num lixão pelo Dr. Ido (Christopher Waltz) e por ele consertada. Aos poucos vamos sendo apresentados à sociedade pós-apocalíptica da Cidade de Ferro que tem um quê de favelas do Rio de Janeiro com toques de cyberpunk. Acima dela fica Zalem, onde a elite vive e todo o resto gostaria de estar. Zalem é a última das cidades voadoras, todas as demais foram destruídas na última guerra chamada de A Queda.

O antagonismo fica por conta de Vector (o talentoso Mahershala Ali) que comanda um tipo de corrida de alta velocidade entre ciborgues e ao mesmo tempo uma verdadeira rinha chamada de Motorball. Junto dele está a inexpressiva Dra. Chiren (Jennifer Connelly), exaltando sua beleza aparentemente eterna, Connelly tem um papel significativo, porém apenas presença e muito pouco aproveitada.

A captura de movimentos e finalização em arte digital estão fenomenais, com certeza garantirá indicação ao Oscar nas categorias técnicas. Os olhões de boneca da protagonista remetem claramente ao mangá em que foi inspirada e apresenta a humanidade da garota cada vez que o diretor Robert Rodriguez opta por planos fechados focando no rosto dela.

As performances estão excelentes, principalmente se tratando de combate, que são muito bem coreografados e filmados, dando ao expectador a chance de acompanhar cada acrobacia e movimento dos personagens, assim como a destruição pelo ambiente. Até mesmo o romance juvenil entre humano e ciborgue é construído de forma branda e crível. A emoção maior se dá nas cenas envolvendo um cachorrinho.

A história prende e gera interesse em saber o que está ocorrendo, o fio condutor é a amnésia de Alita e aos poucos esses lapsos vão se desfazendo e os flashbacks apresentam quem ela foi e a participação que teve na história até o momento.

O ponto fraco fica para os minutos finais, pois cria-se um anti-clímax e a projeção é encerrada, deixando claramente um enorme gancho para a continuação. O filme deve render alguns milhões nas bilheterias e a continuação provavelmente deve sair entre 2022 e 2023. Aguardemos.

Alita: Anjo de Combate merece uma nota 9! Ele cumpre sua missão de ficção científica num mundo cyberpunk apresentando um show de computação gráfica e ação constante, não deixando a desejar na trama que o move.

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